sexta-feira, 4 de agosto de 2017

SONETOS
 
Por Joaquim A. Rocha






Regresso da doença crua, vil,

Como quem regressa da tempestade,

Dum fogo eterno, que sempre arde,

Com início no belo mês de Abril.

 
A malvada, sem nome nem perfil,  

Aumentou dez anos à minha idade,

Apagou em mim toda a mocidade,

Roubou-me imensa seiva e ceitil.

 
Não quero ouvir falar da tal ranhosa,

Mais soez do que fera enraivecida;

Mais satânica do que cão raivoso…
 

Tudo farei pra matar a tinhosa,

Pisá-la, mesmo depois de vencida,

Como se fora lacrau venenoso.

 

 

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